Meditações sobre Salmo 18:50 e Isaías 55:3
É ele quem dá grandes vitórias ao seu rei e usa de benignidade para com o seu ungido, com Davi e sua posteridade, para sempre. Farei uma aliança perpétua, que consiste nas fiéis misericórdias prometidas a Davi.
Respire
profundamente e pense sobre o seu lugar no trono do rei Davi, o grande rei de
Israel na antiguidade. Os cristãos são realmente os herdeiros das promessas
feitas a Davi e aos seus descendentes? Em Salmos 18.50, Davi afirmou: “É ele
quem dá grandes vitórias ao seu rei e usa de benignidade para com o seu ungido,
com Davi e sua posteridade, para sempre”. Os cristãos podem, três mil anos
depois, ler estas palavras e reconhecer que estão incluídos na promessa de
vitória e de benignidade?
Considere Isaías 55. Este capítulo
começa com um convite amplo: “Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às
águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e
comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite” (v. 1). Esse convite inclui
todos os que virão a Deus famintos, sedentos, arruinados e prontos a
satisfazerem-se na graça, em vez de
satisfazerem-se
no mundo e nas riquezas. Em seguida, no versículo 3, falando para o mesmo
grupo, Isaías disse: “Inclinai os ouvidos e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma
viverá; porque convosco farei uma aliança perpétua, que
consiste nas fiéis misericórdias prometidas a Davi”.
Observe: esta aliança é prometida a todos que,
famintos e sedentos, vêm a Deus em busca de satisfação. Além disso, esta aliança
inclui as “fiéis misericórdias” de
Deus “prometidas a Davi”.
Por conseguinte, é verdade que os
santos humildes e famintos são os beneficiários das promessas feitas ao rei
Davi. Como isso se cumpre três mil anos depois?
Bem, Deus planejou que as promessas
feitas a Davi seriam cumpridas por intermédio de um “Filho de Davi”, que seria
o “Ungido” de Deus, ou seja, o Messias (ver Salmos 18.50, citado
anteriormente). O trono de Davi seria o trono do universo, e o governo que
fluiria desse trono seria eterno — “Porque um menino nos nasceu, um filho se
nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso
Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade,
Príncipe
da Paz” (Isaías 9.6). Esta foi a mensagem que Deus enviou a Davi, por meio do
profeta Natã: “Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; a minha misericórdia
não apartarei dele... Mas o confirmarei na minha casa e no meu reino para
sempre, e o seu trono será estabelecido para sempre” (1 Crônicas 17.13-14).
O Novo Testamento proclama que Jesus
é este Messias, este “Filho de Davi”. “Eu, Jesus... Eu sou a Raiz e a Geração de Davi, a
brilhante Estrela da manhã” (Apocalipse 22.16). Este era o âmago da pregação
dos apóstolos: “Saulo, porém, mais e mais se fortalecia e confundia os judeus
que moravam em Damasco, demonstrando que Jesus é o Cristo”
(Atos 9.22).
E como nós, crentes, nos
relacionamos com este “Filho de Davi”, este rei final, em quem agora descansa o
governo eterno deste mundo? Em uma sentença rara, Hebreus 2.13 cita o Messias
como que proferindo esta mensagem ao seu povo: “Eis aqui estou eu e os filhos
que Deus me deu”. Em outras palavras, os seguidores de Jesus, o Messias, o
“Filho de Davi”, o rei eterno, são os seus filhos, seus descendentes. Isto é
semelhante a Gálatas 3.7, onde Paulo disse: “Sabei, pois, que os da fé é que
são filhos de Abraão”. Ou seja, a fé nos une a Cristo, o descendente de Abraão
(Gálatas 3.16). E, por meio dessa união, nos tornamos filhos de Abraão e
beneficiários das promessas que Deus lhe fez. De modo semelhante, a fé nos une
ao “Filho de Davi”, de modo que nos tornamos filhos de Davi e beneficiários de
suas promessas.
Isto significa que Salmos 18.50 se
aplica, de fato, a nós. “É ele quem dá grandes vitórias ao seu rei e usa de benignidade
para com o seu ungido, com Davi e sua posteridade, para
sempre” (Salmos 18.50). Em Cristo, somos a posteridade de Davi. As grandes
vitórias são nossas. A benignidade é nossa. As “fiéis misericórdias prometidas
a Davi” (Isaías 55.3) são nossas. E, para nos deixar completamente extasiados,
o Rei promete: “Ao vencedor, dar-lhe-ei
sentar-se
comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu
trono” (Apocalipse 3.21).
Deus abençoe.
Pr. Dinei Morais
Igreja ágape de
Atibaia
Extraído do livro “Provai e
Vede”- Autor: John Piper – Editora Fiel – Páginas 51-53
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